27 julho, 2011

Copenhagen, um lugar imperdível

Quando sentei para escrever sobre a última parada nas minhas pesquisas em busca de novidades, fui me lembrando de cada lugar por onde passei nessa cidade incrível chamada Copenhagen e acabei chegando à conclusão de que seria bacana compartilhar com quem costuma passear pelo blog, um pouco do que tive a oportunidade de conhecer.

Copenhagen, na minha opinião, foi uma das mais gratificantes surpresas dos últimos tempos. Eu estava super ansiosa para conhecer o lugar que, afinal de contas, dizem ser a capital do design da Europa, mas, para minha sorte, descobri que o lugar é muito mais que isso.










A capital da Dinamarca não é uma cidade pequena, mas é possível fazer quase tudo a pé (ou de bicicleta. Todo mundo tem uma!)Isso é possível porque os pontos principais são relativamente perto e acabamos, de um jeito ou de outro, passando pelos mesmos lugares. Os dinamarqueses (pelo menos essa época do ano, que é o verão deles) parecem tão alegres e sorridendes que chega a ser contagiante. É engraçado ver os tipos mais diferentes andando de bicicleta. Da loura com cara de modelo (quase um padrão por lá) elegantérrima de salto alto e meia calça, a senhorinhas de quase 80 anos. Dá vontade de ter uma bike também. Não há um lugar se quer na cidade sem ciclovia. É de matar inveja.
Uma boa dica para quem pretende ir a Copenhagen é ficar em algum hotel que tenha convênio com os micro-ônibus que circulam pelos principais pontos da cidade.Isso facilita demais a vida do turista.
Escolhi ficar no Hotel Tivoli, inaugurado há apenas um ano e que dá direito a um dia de ingresso ao parque, embora não tenha sido bem como eu imaginava porque o Hotel não fica no parque, ao contrário do que parecia ser o óbvio. Mas no fim das contas, acabou valendo à pena porque é bem charmoso e moderno do jeito que gosto e tem o tal ônibus que leva os hóspedes aos principais pontos de Copenhagen.

O Tivoli Gardens foi uma das melhores atrações da cidade. Um lugar simplesmente imperdível, até mesmo para os adultos. O parque não é gigante e nem super moderno. Ao contrário, preserva o mesmo estilo desde a inauguração, em 1843, mantendo, inclusive, sua fachada imponente. Dizem que Walt Disney se inspirou nele para criar o seu. 
Há dezenas de restaurantes temáticos no Tivoli, cada qual mais charmoso que o outro. Os jardins são espetaculares e nessa época costumam ficar lotados de cadeiras super confortáveis com um mar de gente pegando sol e curtindo os showzinhos que rolam por lá em vários palcos espalhados pelo parque. Meu sonho de consumo é ficar numa próxima viagem no hotel Nimb (esse sim, literalmente dentro do parque) e levar meus filhos que certamente não vão querer saber de outra vida.









 Acho que a melhor dica que posso dar para quem não conhece Copenhagen é pegar logo no primeiro dia um sightseeing  para fazer um mapeamento da cidade. Feito isso, escolha os roteiros principais. Há uma mega loja no centro com informações turísticas e é possível até mesmo comprar passeios pela cidade e arredores, onde se concentram castelos maravilhosos.

Pegando um trem na Central Sation em frente ao Tivoli, em 30 minutos dá para chegar a Kronsborg, castelo que serviu de inspiração ao romance Hamlet de Shakspeare. É de tirar o fôlego e a cidadezinha em torno dele é uma graça com lojinhas e restaurantes super simpáticos.















Para procurar design não é preciso ir atrás de uma das centenas de lojas espalhadas pelas ruas porque a  cidade por si só já transpira design para todos os lados. A primeira frase que li quando desci na estação foi algo como DESIGN-SE no outdoor do Dansk Design Museum. E foi justamente esse o espírito que captei por lá.

A cidade é muito receptiva às crianças e por toda a parte é possível encontrar lojas, lojinhas e mega stores com produtos para esse público. A diferença é que desde uma simples mamadeira, quase tudo tem um toque diferente. As lojas de decoração são incríveis e o design infantil tem um toque especial, tanto que vou precisar escrever um post inteiramente dedicado ao assunto porque tem um monte de lojas imperdíveis para quem curte o assunto ou para quem quer apenas fazer umas comprinhas para as crianças.

Para simplicar a vida de quem tem interesse em conhecer Copenhagen, deixo aqui uma listinha dos lugares que considero imperdíveis:
- Tivoli Gardens (é imprescindível comer em um dos seus super simpáticos restaurantes, além de, claro, conhecer o parque). Menos que 4 horas por lá, não dá.
- Nyhavn (o porto) super turístico, mas imperdível, um restaurante ao lado do outro, gente tocando instrumentos(muitíssimo bem!) por todos os lados, barcos charmosos ancorados no canal. Para se ter uma idéia, estive três vezes por lá. 
- Danish Museum of Art and Design - Em um antigo hospital, o acervo do museu é uma viagem a história do mobiliário.
- Dansk Design Museum - em frente ao Tivoli (lado oposto à Central Station). Confesso que esperava um museu bem maior, mas a visita valeu muito, especialmente pela lojinha que vende de livros a objetos de design muito legais !!!
- Carlsberg Glyptotek - o museu é lindo e tem um ótimo lugar para almoçar ou tomar um café e seu acervo vastíssimo pertenceu ao multi-milionário Carlsberg, dono da cervejaria centenária mais famosa da dinamarca e que é sucesso até os dias de hoje.
- Stroget e Stradget-  duas ruas super famosas que concentram as lojas de rua descoladas da cidade.
-La Glace - Doceria mais antiga da cidade. Tortas de lamber os beiços. Lugar extremamente charmoso com ares de antigamente. Fica numa transversal à Stroget, no miolo do agito.
-Royal Café (imperdível!!!) amei esse lugar. Um café cercado de design e com um toque lúdico por toda parte. Um jardim com mesinhas lindo de morrer e comidinhas deliciosas. Fica bem no meio da Stroget.











-Restaurante japonês do Hotel Tivoli - Fica na cobertura e tem uma vista 360graus da cidade. É super descolado e dá para sentir o estilo de vida dos dimarqueses porque eles adoram esse lugar. Mas tem que reservar porque lota!
-Pastis - Sim também tem Pastis em Copenhagen, não é só em NY. É bem precido e tão charmoso quanto.
_Jardim do castelo de Rosenborg - Fica no centro da cidade e é lindo. Lota de gente curtindo o calor do verão, tão raro por lá. Eles passam horas bebendo, comendo, ouvindo música, lendo, conversando, enfim, é divertido ficar observando!

A cidade não é barata, mas diante do disparate que se tornou o Brasil, é possível frequentar bons retaurantes e fazer umas comprinhas por menos do que se pagaria aqui.

Por último, andar, andar, andar.... É bom para gastar calorias e dá para conhecer a cidade toda. Mas vá entre maio e julho, do contrário, vai congelar! Além do mais é dia até 11:00 da noite!!!! Dá para aproveitar até a última gota!

10 julho, 2011

Onde as crianças do mundo dormem

No post "Famílias Contemporâneas e seus estilos de morar" mostrei o trabalho da revista Milk que retratou famílias de diversas partes do mundo em suas casas e seu jeito de viver.
Já neste post, mostro o trabalho de James Molison que retratou quartos de crianças de diferentes classes sociais, com seus estilos de vida completamente diferentes uns dos outras. As fotos fizeram tanto sucesso que acabaram virando um livro intitulado Onde as crianças dormem e provocou uma profunda reflexão sobre a pobreza e a riqueza, assim como sobre a educação que influenciou o modo de viver dessas crianças. A intenção do fotógrafo foi mostrar o contraste e as desiguladades no mundo.
Apesar de não ter nada a ver com o objetivo deste site que é mostrar design infantil não pude resistir a mostrar um trabalho tão impactante e que, de fato, nos faz pensar.
Lamine, 12 anos, vive no Senegal. As camas são básicas, apoiadas por alguns tijolos. Aos seis anos, todas as manhãs, os meninos começam a trabalhar na fazenda-escola onde aprendem a escavação, a colheita do milho e lavrar os campos com burros. Na parte da tarde, eles estudam o Alcorão. Em seu tempo livre, Lamine gosta de jogar futebol com seus amigos

Tzvika, nove anos, vive em um bloco de apartamentos em Beitar Illit, um assentamento israelense na Cisjordânia. É um condomínio fechado de 36.000 Haredi. Televisões e jornais são proibidos de assentamento. A família média tem nove filhos, mas Tzvika tem apenas uma irmã e dois irmãos, com quem divide seu quarto. Ele é levado de carro para a escola onde o esporte é banido do currículo. Tzvika vai à biblioteca todos os dias e gosta de ler as escrituras sagradas. Ele também gosta de brincar com jogos religiosos em seu computador. Ele quer se tornar um rabino, e sua comida favorita é bife e batatas fritas.

Jamie, nove anos, vive com seus pais e irmão gêmeo e sua irmã em um apartamento na quinta Avenida em Nova Iorque. Jamie frequenta uma escola de prestígio e é um bom aluno. Em seu tempo livre, ele faz aulas de judô e natação. Quando crescer, quer se tornar um advogado como seu pai.

Indira, sete anos, vive com seus pais, irmão e irmã, perto de Kathmandu, no Nepal. Sua casa tem apenas um quarto, com uma cama e um colchão. Na hora de dormir, as crianças compartilham o colchão no chão. Indira trabalha na pedreira de granito local desde os três anos. A família é muito pobre para que todos tenham que trabalhar. Há 150 crianças que trabalham na pedreira. Indira trabalha seis horas por dia além de ajudar a mãe nos afazeres domésticos. Ela também freqüenta a escola, a 30 minutos a pé. Sua comida preferida é macarrão. Ela gostaria de ser bailarina quando crescer.

Kaya, quatro anos, mora com os pais em um pequeno apartamento em Tóquio, Japão. Seu quarto é forrado do chão ao teto com roupas e bonecas. A mãe de Kaya faz todos os seus vestidos e gostos -Kaya tem 30 vestidos e casacos, 30 pares de sapatos, perucas e um sem contar de brinquedos. Quando vai à escola fica chateada por ter que usar uniforme escolar. Suas comidas favoritas são a carne, batata, morango e pêssego. Ela quer ser cartunista quando crescer.

Douha, 10, mora com os pais e 11 irmãos em um campo de refugiados palestinos em Hebron, na Cisjordânia. Ela divide um quarto com outras cinco irmãs. Douha freqüenta uma escola, a 10 minutos a pé, e quer ser pediatra. Seu irmão, Mohammed, matou 23 civis em um ataque suicida contra os israelenses em 1996. Posteriormente, os militares israelenses destruíram a casa da família. Douha tem um cartaz de Maomé em sua parede.

Jasmine (Jazzy), quatro anos, vive em uma grande casa no Kentucky, EUA, com seus pais e três irmãos. Sua casa é na zona rural, rodeada por campos agrícolas. Seu quarto é cheio de coroas e faixas que ela ganhou em concursos de beleza. A garota já participou de mais de 100 competições. Seu tempo livre é todo ocupado com os ensaios. Jazzy gostaria de ser uma estrela do rock quando crescer.
A casa para este garoto e sua família é um colchão em um campo nos arredores de Roma, Itália. A família veio da Romênia de ônibus, depois de pedir dinheiro para pagar as passagens. Quando chegaram em Roma, acamparam em terras particulares, mas foram expulsos pela polícia. Eles não têm documentos de identidade, de forma que não conseguem um trabalho legal. Os pais do garoto limpam pára-brisas de carros nos semáforos. Ninguém de sua família foi um dia para a escola.
Dong, nove anos, vive na província de Yunnan, no sudoeste da China, com seus pais, irmã e avó. Ele divide um quarto com a irmã e os pais. A família tem uma propriedade que permite cultivar quantidade suficiente de seu próprio arroz e cana de açúcar. A escola de Dong fica a 20 minutos a pé. Ele gosta de escrever e cantar. Na maioria das noites, ele passa uma hora fazendo o seu dever de casa e uma hora assistindo televisão. Dong gostaria de ser policial.

Roathy, oito anos, vive nos arredores de Phnom Penh, Camboja. Sua casa fica em um depósito de lixo enorme. O colchão de Roathy é feito de pneus velhos. Cinco mil pessoas vivem e trabalham ali. Desde os seis anos, todas as manhãs, Roathy e centenas de outras crianças recebem um banho em um centro de caridade local, antes de começar a trabalhar, lutando por latas e garrafas de plástico, que são vendidos para uma empresa de reciclagem. Um pequeno lanche é muitas vezes a única refeição do dia.
Thais, 11, mora com os pais e a irmã no terceiro andar de um bloco de apartamentos no Rio de Janeiro, Brasil. Ela divide um quarto com a irmã. Vivem nas vizinhanças da Cidade de Deus, que costumava ser conhecida por sua rivalidade de gangues e uso de drogas. Thais é fã de Felipe Dylon, um cantor pop, e tem pôsteres dele em sua parede. Ela gostaria de ser modelo.

Nantio, 15, é membro da tribo Rendille no norte do Quênia. Ela tem dois irmãos e duas irmãs. Sua casa é uma pequena barraca feita de plástico. Há um fogo no centro, em torno do qual a família dorme. As tarefas de Nantio incluem cuidar de caprinos, cortar lenha e carregar água. Ela foi até a escola da aldeia por alguns anos, mas decidiu não continuar. Nantio está esperando o seu moran (guerreiro) para casar. Ela só tem um namorado no momento, mas não é incomum para uma mulher Rendille ter vários namorados antes do casamento.


Joey, 11, mora em Kentucky, EUA, com seus pais e irmã mais velha. Ele acompanha regularmente o seu pai em caçadas. Ele é dono de duas espingardas e uma besta, e fez sua primeira vítima -um cervo- quando tinha sete anos. Ele está esperando para usar sua besta durante a temporada de caça seguinte. Ele ama a vida ao ar livre e espera poder continuar a caçar na idade adulta. Sua família sempre come carne de caça. Joey não concorda que um animal deve ser morto só por esporte. Quando não está caçando, Joey freqüenta a escola e gosta de ver televisão com o seu lagarto de estimação, Lily.